Tablets e crise devem derrubar vendas de computadores
Analistas revisaram crescimento de vendas de 9,4% para 3,8%
Especialistas prevêm competição já no Natal (Ethan Miller/Getty Images)
A instabilidade nas principais economias mundiais, como Estados Unidos e  países da Europa, e a popularização dos tablets levaram a uma revisão  da projeção de vendas de computadores no mundo pelo instituto de  pesquisas Gartner. Anteriormente, a estimativa para o mercado de PCs em  2011 era de uma alta de 9,4%, porcentual que foi cortado para 3,8%.
O diretor de análises do Gartner, Ranjit Atwal, explica que a  expectativa original era de que a economia global se estabilizaria no  segundo semestre e os consumidores atualizariam seus computadores.  Entretanto, além da mudança nos rumos econômicos, os PCs vêm perdendo a  preferência na hora da compra pelo tablets e smartphones.
Na previsão do Gartner, as vendas de tablets crescerão mais de três  vezes este ano, para cerca de 70 milhões de unidades, enquanto as de  smartphones terão um aumento de 57,7%, para 468 milhões de unidades  globalmente.
Os mercados que vêm sustentando a indústria de PC são os emergentes,  como China, Rússia e Brasil, que por sua vez não estão imunes ao avanço  dos tablets. Na avaliação do instituto de pesquisas, o lançamento dos  aparelhos nesses mercados a preços mais baixos pode mudar o  comportamento dos consumidores e afetar as vendas de PCs. Para janeiro  de 2012 a previsão de vendas de PCs é de 352 milhões de unidades, 54  milhões de unidades a menos que a projeção para dezembro de 2011.
Também o Gartner sugere que um estímulo para a indústria de  computadores só deverá ocorrer ao final de 2012, isso se as grandes  começarem a oferecer notebooks mais finos e leves por menores preços. O  analista cita movimentos recentes da indústria que apontam as  dificuldades vividas pelo segmento, como o fato de que a HP desmembrou  sua unidade de PCs; a Acer anunciou previsão de prejuízo para este ano e  a Dell cortou sua estimativa de receita para 2011.
Essas empresas têm de mudar o modelo de negócios, segundo Atwal, já que  os volumes não são mais tão elevados quanto antigamente, e evoluir para  uma linha mais diversificada de equipamentos, como telefones, tablets e  televisores. "A Apple vem mostrando o caminho, mas ainda não sabemos se  outras companhias conseguirão fazer o mesmo", disse Ranjit Atwal.
(Com Agência Estado)
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